Inclusão que desfila: Paraíso do Tuiuti abre ala trans no Carnaval 2026

A avenida que abraça
A Paraíso do Tuiuti dá um passo firme rumo a uma Sapucaí mais plural ao abrir inscrições para uma ala dedicada a mulheres trans e travestis. É um gesto que atravessa o simbolismo e chega à prática: lugar marcado na fantasia, no canto e no brilho, para quem tantas vezes ficou fora do foco. A escola amplia seu discurso de representatividade e transforma acolhimento em presença cênica.

Do ensaio ao grito de avenida
A proposta nasce com chamada direta para quem quer vestir a pele do desfile. É compromisso com a rotina de quadra, com o batuque que educa o corpo para o cortejo e com a disciplina que faz a escola crescer junto. Essa preparação não é só coreografia — é pertencimento, afinação de vozes, respeito às trajetórias que compõem o carnaval de hoje.

Identidade como fantasia
Colocar a ala trans no coração do desfile é reconhecer histórias, afirmar existências e celebrar talentos. Cada passo vira narrativa, cada sorriso vira documento de época. O Tuiuti reafirma que o carnaval é espelho da cidade e que a cidade só é inteira quando todas as suas cores têm espaço para brilhar. O resultado é arte com propósito, beleza com mensagem, emoção com assinatura.

O efeito que contagia
Quando o apito da bateria soar, essa ala vai carregar mais que plumas e paetês: levará esperança, orgulho e a certeza de que a avenida é de todos. O gesto pode inspirar novas iniciativas, abrir caminhos em outras agremiações e consolidar um movimento que já pulsa nas arquibancadas. É a festa empurrando a história para diante, com a força de quem canta junto.