Tuiuti faz o “Quilombo do Samba” pulsar forte em ensaio de rua e anuncia potência rumo ao Carnaval 2026
Na noite de São Cristóvão, a comunidade da escola pisou no asfalto com união, canto firme e uma comissão de frente que transforma o ensaio em espetáculo antes mesmo da Sapucaí.
O Paraíso do Tuiuti viveu uma noite que pareceu ensaio de desfile completo: o canto da comunidade, conduzido com segurança por seu intérprete, soou intenso e envolvente desde o primeiro compasso. A ala-cordo se uniu em uníssono, os tambores vibraram, e o bairro inteiro se transformou em pista de passarela. O samba-enredo colocado em forma de rito ganhou forma nas vozes, no corpo e na rua.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, estreante em conjunto, evoluiu com elegância e sintonia, revelando que já escutaram o chamado da avenida e responderam com graça e firmeza. A comissão de frente, por sua vez, trouxe imagens coreografadas inspiradas na espiritualidade afro-cubana e invadiu a rua com presença escultural, retratando com o corpo e o movimento o enredo que a escola defenderá em 2026. Ali, não era apenas ensaio — era entrega.
E a entrega veio da comunidade. Das alas que cantavam com vontade, dos sinos que bradavam, dos olhares que respondiam aos refrões como se cada verso fosse um juramento. A escola mostrou que não está apenas “preparando” o desfile: ela já está vivendo o palco, experimentando a rua, testando a vibração, construindo o seu espetáculo. E isso transpareceu como confiança.
Quando o Carnaval 2026 chegar, o Tuiuti entra com algo a mais: história, ancestralidade, força comunitária, técnica apurada e corpo coletivo alinhado. O ensaio foi mais que um treino — foi um anúncio: a escola está pronta para mostrar seu quilombo do samba, pluriversal e urgente.

