Viradouro entrega ensaio de gala, organização impecável e potência de canto que anunciam 2026 já pronto
Na Amaral Peixoto, a vermelha e branca deixou claro que não está apenas ensaiando: está pronta para pisar forte no Carnaval e honrar o enredo em homenagem a Mestre Ciça.
Num ensaio que parecia mais desfile oficial do que preparação, a Unidos do Viradouro brilhou com cada detalhe afinado. Do casal veterano — Julinho e Rute — que com elegância e técnica reafirmaram sua maestria, à harmonia que se fez voz única sob o comando de Wander Pires, tudo se conectou com naturalidade e entrega. Os componentes pareciam saber exatamente seu lugar e seu passo, compondo um bloco que evoluía com fluidez, controle e energia.
O canto da comunidade ecoou com clareza, sem hesitações, como se cada integrante entendesse que aquele ensaio era mais que um treino — era uma afirmação. A bateria, sob a batuta de Mestre Ciça, se alinhou ao ritmo da escola com precisão, marcando paradas e retomadas capazes de provocar aplausos espontâneos e arrepios de quem assistia. Era visível: a escola já experimenta o desfile, experimenta o título, experimenta a glória antes do tempo.
A organização da Viradouro impressionou. As alas avançavam com segurança, as evoluções executadas com ritmo certo, a escola ocupava a rua como se tivesse decorado cada metro dela. O recuo da bateria, a entrada da comissão de frente, a coreografia do casal — todos desenharam o espetáculo com determinação e clareza. E nisso, a comunidade não ficou de fora: cantou, vibrou, participou, transformando o ensaio em festa e espetáculo ao mesmo tempo.
Esse ensaio já lança o recado para os concorrentes: a Viradouro não está esperando o Carnaval chegar — ela está andando, ensaiando, aperfeiçoando, respirando desfile desde já. Quando o enredo “Pra Cima, Ciça!” entrar na avenida, saberemos que não será surpresa se a escola estiver voando alto, levando técnica, canto e história para deixar sua marca. A noite em Ramos foi mais do que treino: foi um aviso.

