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A Vila que pulsa primeiro: a bateria abre caminho e acende o canto no minidesfile

No instante em que os primeiros acordes ecoaram na Cidade do Samba, a Vila Isabel mostrou que o minidesfile também é lugar de reinvenção. Em vez de fechar a apresentação, a bateria veio na dianteira, conduzindo a escola com uma força que arrebatou a comunidade de imediato. O impacto foi instantâneo: o canto cresceu, o corpo coletivo despertou e a energia azul e branca tomou a rua como se cada ritmista fosse farol guiando o desfile.

A estratégia, pensada pela direção de carnaval, não foi mero artifício. Ao colocar a percussão no início, a escola buscou reacender o vínculo com seus componentes, lembrando que o samba nasce do encontro entre compasso e emoção, entre chão e voz. A bateria avançou, recuou, abriu espaço para a escola passar, e todo o movimento parecia coreografar uma conversa íntima com a comunidade — um convite para que cada um ocupasse seu lugar com orgulho e intensidade.

O resultado foi daqueles que a Vila sabe entregar quando escuta o próprio coração. A apresentação ganhou corpo, brilho e verdade; os componentes cantaram alto, seguiram firmes o passo da percussão e transformaram a proposta em celebração. Foi uma noite em que a Vila Isabel reafirmou sua identidade: escola que honra seu ritmo, que valoriza sua gente e que entende que, às vezes, o caminho de volta para si começa pela batida.