Salgueiro e Imperatriz: uma noite de celebração na casa vermelha da Silva Teles
O sábado ganha outro brilho quando o Salgueiro abre suas portas para receber a Imperatriz Leopoldinense em sua quadra. A partir das 20h30, o Barro Vermelho se transforma em ponto de encontro entre duas tradições que carregam histórias distintas, mas movidas pela mesma devoção ao samba. Primeiro, o pagode aquece o público, fazendo a quadra respirar como um grande terreiro de convivência; depois, o show do próprio Salgueiro toma o palco, alinhando bateria, segmentos e vozes que anunciam a força rubra que prepara seu caminho para 2026.
Quando a Imperatriz entra, a festa muda de temperatura. A verde e branca de Ramos chega trazendo sua elegância, seu canto marcado pela poesia e a energia que acompanha cada apresentação da escola. Não é apenas uma visita: é a celebração de uma irmandade que atravessa décadas, unindo comunidades diferentes em respeito mútuo. A quadra se torna ponto de passagem de duas histórias que se cruzam, duas baterias que conversam pelo olhar, dois públicos que se encontram na mesma vibração.
O Salgueiro recebe; a Imperatriz responde; e o samba — esse anfitrião invisível — costura tudo com o fio da festa, da memória e da expectativa pelo Carnaval que se aproxima.
